Piripiri, piripiri, piripiri, piripiri, piripiri, piripiri, piripiri, piripiri, piripiri, piripiri
Piripiri, piripiri, piripiri, piripiri, piripiri, piripiri, piripiri, piripiri, piripiri
João, telegrafista e ninguém mais
Em sua estação, nenhuma pessoa
Mas tinha urgente o coração, mesmo sem nenhuma promoção
Batendo, batendo, numa tecla só
Elíptico, dos bons telegrafistas
Cortando flores, preposições
Para encurtar palavras, para ser mais breve
Nessa necessidade, nessa necessidade
Conhece Alba? Uma Alba, pouco Alba
A luz avermelhada, até mulata
Um dia de manhã fugiu de casa para andar pela cidade
Tanta luminosidade se alimentar
História viva e urgente
Ah, inútil alfabeto, morse a mão
João, telegrafista, buscando, buscando Alba
Em cada um de seus telegrafos
Ah, quando a inveja é como essa
Amorosa, urgência
João, telegrafista
Amorosa, urgência
Ninguém mais, urgente
Por suas mãos passou o mundo
Um mundo que é urgente, criptográfico
Rápido e cifrado
Passou o preço do café
Passou o matrimônio de Eduardo
Oitavo de Duquesa de Windsor
Passaram cavaleiros na China
Passou a sensação de uma bomba
Passaram muitas coisas e entre elas
Passou a notícia do casamento de Alba
Com outro
João, telegrafista
Com seu coração urgente
Não diz palavras
Só alguns pontos negros
Sem a mínima intenção simbólica
Pararam sob o seu telégrafo
Alba, é urgente
Ele îmão
Ele ê um sol
Ele ê uma representação


SeERa
Hesitar
SeERa
Cooo
O que é isso?
O que é isso?